“Espelho, espelho meu! Há um país mais perdido que o meu?
Espelho, espelho meu! Há um governo mais omisso que o meu?
Espelho, espelho meu! Há um povo mais passivo que o meu?”
Afonso Romano de Sant’Anna
por Cleone Moura e Helena Vasconcelos
A esquete teatral “Meu Brasil Brasileiro” apresentada pelo grupo de teatro do CEJA “Espetáculos da Vida”, no dia 1º de setembro na galeria da escola, faz uma breve reflexão, porém profunda sobre autonomia política do Brasil. A esquete busca desconstruir alguns pontos importantes na imaginação dos brasileiros sobre a indepêndencia:
- Não houve independência, porque segundo Aurélio Buarque de Holanda, a etmologia da palavra independência, quer dizer estado ou condição de quem é independente. E economicamente não ocorreu isso. Continuamos economicamente dependendo não mais da metrópole portuguesa, mas da Inglaterra para que pudéssemos ser reconhecida como Nação brasileira.
- Fomos o único império que continuamos atrelados ao governo monárquico, porque os interesses portugueses permaneceram, representado pelo filho do rei, D. PedroI.
- A população brasileira não participou desse processo, pois a mão- de - obra que gerava riqueza do império era escrava.Portanto, não era considerada uma peça que gerava riqueza para a elite aristocrática rural, sem falar dos índios que já, estavam sendo oprimido há séculos.
Os textos escolhidos são fragmentos de poemas do poeta contemporâneo Afonso Romano Sant’Anna : “ Que país é este?”; “Sobre a atual vergonha de ser brasileiro” e da antologia do concurso literário da UNIFOR de 2007:”Estóico Brasil”.
O roteiro foi elaborado pelas professoras: Cleone Moura, Glícia Lima e Helena Vasconcelos com direção de Helena, Paulo George e César Monteiro. As personagens:beata, velho, vidente foram interpretados respectivamente por Helena, Fco. de Assis e Paulo George. Contou também com César Monteiro, Laura Len e Islane de Lima.
Confira os melhores momentos da esquete " Meu Brasil Brasileiro" !
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